Com o planeta atingido por um vírus assassino, Gus (Christian Convery), um híbrido metade humano, metade cervo, cresceu em uma floresta isolada. Quando ele conhece o ex-jogador de futebol americano, agora o solitário Jepperd (Nonso Anozie), a dupla forma uma aliança difícil e segue para o mundo para encontrar a família de Gus.
“Mad Max encontra Bambi” é o logline perfeito para Sweet Tooth . Co-criado por Jim Mickle ( Stake Land , Cold In July ) e Beth Schwartz ( Legends Of Tomorrow , Arrow ), é um conto de fadas pós-apocalíptico, baseado na série de quadrinhos Jeff Lemire DC / Vertigo que estreou em 2009, que combina algumas das arestas de terror mais difíceis de Mickle com momentos de charme e maravilha do estilo Spielbergiano. O resultado é reproduzido em uma caixa de areia distópica familiar (bem, floresta), mas faz um ótimo trabalho de satisfazer os instintos infantis e de adulto.
A história de fundo para o mundo é economicamente esboçada em um Raising Arizona-y prólogo. Um vírus - The Great Crumble - varreu o mundo, juntamente com o surgimento inexplicável de híbridos nascidos parte humanos e parte animais. Se os híbridos causaram o vírus ou vice-versa é “um dos grandes mistérios do século 20”, então os humanos, movidos pelo medo, começam a caçá-los.
Morando na floresta, Gus (Christian Convery), também conhecido como Sweet Tooth, um garoto de dez anos meio menino-meio cervo que, incomum para um híbrido, tem a capacidade de falar (o que é útil para exposição) pega com um solitário, Jepperd (Nonso Anozie), e começa uma jornada pelo deserto. Um segundo enredo diz respeito ao Dr. Singh (Adeel Akhtar), um cientista encarregado de encontrar a cura para o vírus, tarefa particularmente pessoal, pois sua esposa Rani (Aliza Vellani) está apresentando sintomas. Uma terceira (menor) vertente segue o trabalhador de colarinho branco Aimee (Dania Ramirez).
O programa começou a ser filmado na Nova Zelândia em 2019 e foi encerrado pela pandemia, dando uma ressonância extra a uma história sobre a vida durante um vírus. A sensação de desconfiança e tensão em torno da vizinhança do Dr. Singh é palpável (preste atenção aos exames de sangue à la The Thing de John Carpenter ), e a abordagem da comunidade para lidar com novos casos de vírus é particularmente brutal.
Mas o coração do show está na linha direta de Gus-Jepperd. Mickle jogou com uma dinâmica de novato emparelhado com um veterano grisalho em Stake Lande a relação entre Gus e Jepperd - a quem Gus se refere como 'Big Man' - é claramente evidenciada sem qualquer sentimentalismo: Convery é uma presença natural e agradável e Anozie dá a Jepperd uma crueldade, uma veia dura mascarando uma humanidade ferida. Suas aventuras, seja encontrar refúgio oferecendo algo como a vida familiar normal (a descoberta do funk por Gus é uma delícia), ou um encontro com o Animal Army, uma banda adolescente de eco-guerreiros que protegem Gus, mas suspeitam de Jepperd's motivos, são por sua vez encantadores e emocionantes.
É um show com um forte senso visual - ótimas imagens incluem Aimee cercada por elefantes correndo em uma rua da cidade, ou uma morte por cavalo cavalgando - e coisas a dizer sobre a relação do homem com o meio ambiente, e a necessidade de encontrar uma família onde você puder, tudo temperado com humor excêntrico (os títulos dos episódios incluem 'Sorry About All The Dead People' e 'Weird Deer Shit'). Filmes e programas de TV como metáforas da pandemia estão rapidamente se tornando onipresentes. Ainda bem que Sweet Tooth é forte.